Com o passar do tempo, muitas áreas da ciência começam a
desenvolver estudos, teses e práticas para auxiliar em vários campos da
sociedade – e a educação infantil não fica de fora dessa. Por isso, o modo como
educamos e ensinamos as crianças muda constantemente, mantendo algumas coisas,
acrescentando e descartando outras.
A psicomotricidade infantil é uma dessas áreas que vem sendo estudada e desenvolvida nos últimos anos em prol de uma educação mais completa para todas as crianças. Seu estudo é cada vez mais importante, especialmente na primeira infância, por estarmos agora reconhecendo que aquilo que a criança aprende nessa época tem consequências por toda a vida.
Mas o que é psicomotricidade? Se dividirmos a palavra em duas partes, teremos psico, que é relativo ao psicológico, e motricidade, relativo ao movimento. Isso quer dizer que é nas ações, nos movimentos, que as crianças (e também os adultos) demonstram seu psicológico, seus afetos, ligações socioafetivas, sentimentos, etc. Baseado em uma percepção holística, ou seja, que considera o ser humano por inteiro, o estudo da psicomotricidade aborda como nossas ações expressam de que forma compreendemos o mundo e também como as ações do mundo interferem em nosso psicológico. Além disso, os pesquisadores encontram maneiras de desenvolver nossa psicomotricidade.
O teórico Piaget diz que nos primeiros anos da infância, a criança aprende tudo pelo meio psicomotor. Ou seja, sua inteligência e capacidade de aprender são influenciadas pela ação que ela exerce no mundo. Esses estudos costumavam ser voltados apenas para crianças com alguma deficiência ou transtorno, mas hoje se aplicam a todas as crianças, porque o meio e as ações nele exercidas podem influenciar a todas elas.
Os professores que desejam prestar atenção na psicomotricidade de seus alunos devem começar inserindo brincadeiras e dinâmicas que façam com que as crianças conheçam o mundo a sua volta. Não se pode privá-las de novas sensações. Elas devem cultivar a capacidade perceptiva através de suas repostas corporais aos estímulos do ambiente. Além disso, a criança pode descobrir outras capacidades durante essas brincadeiras e se conhecer melhor a partir delas. Isso pode ajudar o grupo de alunos a compreender e valorizar a identidade própria, ficar mais seguro e confiante, ter mais consciência e até mesmo aprender a ser mais responsável e organizado. Essas brincadeiras devem envolver movimento e o uso de objetos variados, com vários tamanhos, texturas e cores, para que a criança possa experimentar todos.
A psicomotricidade ainda é um campo novo, que precisa ser melhor trabalhado. Seu conceito ainda não está completamente definido, o que pode atrapalhar na hora de estudá-lo. O mais importante é que os educadores estejam sempre antenados em novos estudos e práticas, e que a escola esteja sempre disponível para novas técnicas de aprendizado. Compreender como funciona o cérebro das crianças e como elas se relacionam com o mundo, umas com as outras e com os adultos, sempre vai ajudar a educar e criar estudantes mais conscientes, seguros e responsáveis. Os professores devem tomar essa missão para si e nunca deixarem o aprendizado de lado.
Fonte: mundobrink.com/blog
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